segunda-feira, 21 de maio de 2007

TIM substitui nome de cliente por "Filho da Puta" em conta telefônica

Receber uma conta telefônica de celular com as tarifas cobradas hoje em dia já não é nada agradável. Uma no valor de R$ 721 então, menos ainda.

Agora, imagine receber esta conta e onde deveria aparecer o SEU NOME, surge o termo chulo, FILHO DA PUTA QUE PARIU. É isso mesmo, quem deu esta “rata” foi a operadora TIM. Veja a matéria.

Operadora troca nome por palavrão em conta de cliente


A., 21, recebeu duas faturas e uma cobrança com o xingamento "filho da puta que pariu" no espaço em que deveria constar o nome do cliente na conta telefônica.

Na ação em que pede indenização por danos morais, A. conta que, em agosto do ano passado, recebeu uma conta da TIM no valor de R$ 721,07. Como havia contratado o plano "Light 40" --mensalidade de R$ 44,90 por um pacote de 40 minutos para ligações locais--, ligou para a central de atendimento da empresa de telefonia para questionar a dívida. "Pelo que me recordo, foram mais de 20 ligações", disse A. ao Agora.

Cliente havia três meses, A. não havia recebido nenhuma cobrança desde então. "Só chegou uma conta com valor absurdo", afirmou.

Por meio da central de atendimento, A. conseguiu obter a promessa da empresa de que o valor seria corrigido. "Toda vez que eu ligava, ficava um tempão esperando, derrubavam a linha. Sempre caía a ligação. Até que resolveram o problema e mandaram a conta com outro valor. Aí, estava minha mãe desesperada com a conta na mão", contou A..

"Em casa tem caixa de correio, mas o carteiro entregou a carta [da TIM] na mão da minha esposa", disse o pai de A., C., anos 44.

Cadastro

O termo "filho da puta" foi motivo de troça também na loja da empresa, sustenta a defesa de A. na ação. Antes de receber a conta, o cliente tentou transferir a titularidade da linha telefônica para o nome de seu pai.

"Ocorre que, quando do atendimento pessoal, o funcionário da ré [no caso, a TIM] [...], ao acessar os dados do autor no sistema informático, pôs-se a rir inexplicavelmente, chamando, de forma sorrateira, outros empregados para olharem o conteúdo do monitor do computador", diz texto da ação.

"Ainda chegou mais uma fatura e um aviso de cobrança [com os termos]", disse A. Como o cliente havia optado por débito automático, os termos chegaram também ao banco.

Em novembro, o juiz do processo determinou a correção imediata das informações. O que, segundo o advogado do cliente, Adilson Polinski, foi feito. "A vizinhança comenta, né? O nome vem do lado de fora do envelope, e tudo em letra maiúscula", disse A.

Na ação, Polinski pede R$ 300 mil de indenização pelos danos morais sofridos por seu cliente. "Para mim, é muito difícil quantificar quanto é que vale a moral do meu filho e da minha família", disse C., pai do cliente.

O processo foi para a seção de conciliação em fevereiro. A. disse que está sem celular particular. "Só uso o da empresa [para a qual trabalha]."

Fonte: Folha Online

SAMMY

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